BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CRIANÇAS, COTIDIANO, POLÍTICAS E FORMAÇÃO

Resumo

O presente texto aborda questões relacionadas às decisões acerca do ato de brincar dentro de Instituições de Educação Infantil, especificamente com crianças na faixa etária de 3 a 5 anos. Trata da investigação, nos relatos de docentes da Educação Infantil, sobre os momentos nos quais as crianças decidem como, onde, com o quê e com quem brincar, no dia a dia escolar. A brincadeira, como definido nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (2009), é eixo das práticas pedagógicas (tal qual as interações), é também pressuposto para este trabalho que defende o brincar como ação livre da criança. Esta pesquisa qualitativa, tem como instrumento de coleta de dados as entrevistas semiestruturadas, na tentativa de compreender as motivações e as ações dos sujeitos participantes. Resulta de dissertação de mestrado e por meio das análises foi possível inferir que as práticas educativas são produtos, não apenas das ações dos educadores e educadoras, mas, situam-se num complexo mecanismo institucional, que abrange outras esferas interferindo diretamente na atividade dos docentes. Consideramos que, mesmo com os avanços na produção acadêmica em relação aos estudos da infância e igualmente na legislação, para uma concepção da criança como sujeito ativo e participante, no cotidiano, percebemos que as ações nas Instituições de Educação Infantil ainda estão condicionadas à visão adultocêntrica.