O PROTAGONISMO INFANTIL POR MEIO DA RESISTÊNCIA EM KAMCHATKA (2003)
Palavras-chave:
Cinema, Educação, Vulnerabilidade, Protagonismo infantilResumo
Nosso pressuposto é que o cinema e seus dispositivos estéticos podem revelar sutilezas que o cotidiano tão imediatista muitas vezes não nos permite: o olhar da criança sobre o mundo e seus dramas inerentes à infância. E o que podemos acessar sobre as aflições infantis diante do controle social regido pela centralização do poder nos militares e pela perda dos direitos? A proposta deste trabalho é empreender uma discussão sobre a leitura da criança em um contexto social vulnerável por meio do filme argentino Kamchatka (2003) e sua potência enquanto ser de resistência. É sob a ótica do protagonista de 10 anos de idade, Matías (Harry), que acompanhamos a confluência da tensão, da ludicidade e também do enigma da resistência que os pais vivenciam diante da ditadura. Este artigo é ligado à pesquisa interinstitucional em andamento Arte, psicanálise e educação: procedimentos estéticos no cinema e as vicissitudes da infância CEPAE/ UFG/PUCGO/ UEG/UAB-UNB/UEMS, tem como metodologia de investigação a análise fílmica e toma como referencial teórico Adorno e Horkheimer (1985), Adorno (1992), Bernadet (1985), Bordwell (2013), Gardies (2006), Rojas (2014) e Truffaut (2005). Os resultados levantados apontam para a vigorosidade da obra fílmica ao descortinar o impacto da penetração imperativa da barbárie da ditadura nos diversos meandros sociais, em especial, na vida infantil.
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Referências
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