ENTRE EMÍLIA E MÔNICA: A INFÂNCIA EM EVIDÊNCIA NO DESENHO ANIMADO BRASILEIRO
Palavras-chave:
Desenho animado, Literatura, InfânciaResumo
O presente artigo faz parte de uma pesquisa maior, intitulada Poéticas do cinema de animação, desenvolvida entre 2014 e 2015. A investigação científica tinha como meta analisar alguns aspectos estéticos e ideológicos de quatro desenhos animados produzidos e comercializados nos últimos setenta anos. Dada a necessidade de recorte do objeto, pretende-se, neste artigo, problematizar somente o processo de representação da criança no desenho animado brasileiro, contemplando um episódio da série O Sítio do picapau Amarelo (2012) e outro da Turma da Mônica (2009). Para tanto, contamos com o apoio dos estudos de Zilberman (1982) acerca dos diferentes modos de abordagem das relações entre adultos e crianças no território da ficção. No que tange à metodologia empregada, optou-se por uma abordagem de natureza qualitativa centrada na análise de documentos, que, no caso, constituem desenhos animados. Em linhas gerais, o estudo sinalizou a presença constante da obra de Maurício de Sousa na história do cinema de animação brasileiro e, no que diz respeito à adaptação da obra de Monteiro Lobato, ressalta-se a projeção de um enredo bastante simplificado se comparado aos livros publicados entre 1921 e 1944, firmando-se como pequenas crônicas do cotidiano das terras de Dona Benta.