OS MOTIVOS POLÍTICOS PARA A INCORPORAÇÃO DOS CURSOS DE LICENCIATURA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.5747/ch.2023.v20.h550Palavras-chave:
Políticas educacionais; Formação de Professores; organismos internacionais; Institutos Federais.Resumo
Este trabalho tem como objetivo traçar reflexões e discussões acerca das políticas educacionais neoliberais para formação de professores, engendradas a partir de década de 1990, a fim de compreender as relações que se estabelecem entre essas políticas e os motivos que determinaram a obrigatoriedade legal da oferta de cursos de licenciatura nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF). A metodologia utilizada na investigação foi de natureza qualitativa, realizada por meio de pesquisa documental e bibliográfica em autores que se dedicam a desvendar as dicotomias e contradições do capitalismo inseridas nas políticas e reformas educacionais, especificamente, em autores que problematizam a política pública que incorporou os cursos de formação de professores no cenário de oferta dos IF. Os resultados demonstraram que, para além da justificativa de suprir a carência de professores no Brasil, que é um problema histórico e estrutural, inclusive na própria Rede Federal, há uma motivação clara de atender e responder as metas exigidas pelos organismos internacionais, dentre os quais, o Banco Mundial (BM) exerce destaque. Dentre os achados da pesquisa, evidencia-se que os cursos de formação de professores ofertados nos IF, em grande parte, possuem um ensino instrumental, centrado na racionalidade técnica, em função de que ainda há docentes atuando nas licenciaturas sem possuírem formação pedagógica e também pelo fato de que os IF, na sua essência, são instituições de ensino profissionalizante.
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