REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS PARA UMA PRÁXIS CIENTÍFICA EDUCATIVA DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Resumen
O presente artigo objetiva refletir sobre o fenômeno da violência, sobretudo sua manifestação no interior da escola, identificando suas características, no sentido de reconhecer esse fenômeno nas suas múltiplas e complexas determinações, enfatizando o trabalho educativo do professor numa perspectiva humanizadora como possibilidade de seu enfrentamento e superação. Utilizamos como base para tal reflexão e análise o método materialista histórico e dialético, a partir de pesquisas interventivas-formativas realizadas pelo GEIPEEthc e, também, trabalhos de autores que estudam este fenômeno no contexto escolar. Sabemos o quanto o fenômeno da violência se apresenta de maneira generalizada e preponderante na sociedade atual e que tal situação pode ser entendido como consequência das relações alienadas e alienantes calcadas no bojo do metabolismo capitalista. Tal realidade levam os indivíduos a não desenvolver outra possibilidade de resolver seus conflitos senão a partir de atos violentos, sendo que, na maioria dos casos, estes atos violentos são compreendidos de forma imediata, aparente, simplista e naturalizante, análise esta que precisa ser superada a partir de uma visão histórico-cultural de desenvolvimento humano e por uma práxis científica educativa. Assim, acreditamos que seja possível educar e orientar as novas gerações para encontrarem caminhos racionais e conscientes para sua vida em sociedade, de forma a não optarem pelo uso da violência nas suas relações, pois a violência inviabiliza as relações sociais humanizadoras e compromete sobremaneira o processo de desenvolvimento das potencialidades humanas em direção ao sujeito humano-genérico livre e universal.