ÓRGANOS DE GOBIERNO Y VIDA EMPRENDEDORA
DOI:
https://doi.org/10.5747/ch.2023.v20.h544Palabras clave:
Desempeño; Emprendimiento; GubernamentalidadResumen
Este artículo presentado a la Revista Colloquium Humanarum trata el tema Proyecto de Vida, autogestión y cultura emprendedora. El objetivo general es analizar cómo el Proyecto de Vida -como componente curricular transversal- se asocia a la cultura del emprendimiento, orientando las formas de autogobierno. De acuerdo con esta cultura, el Proyecto de Vida promete desarrollar al individuo en múltiples dimensiones, motivándolo a resolver problemas y tomar decisiones para alcanzar metas y lograr la realización profesional. Cuando se asocia al Proyecto de Vida, esta cultura traslada dispositivos empresariales -como la competitividad, el desempeño y la productividad- al ámbito educativo, subordinando los procesos de formación a una nueva gubernamentalidad. Partía de la siguiente pregunta: ¿qué hemos hecho de nosotros mismos bajo las formas de control de la vida? Se asume que el debate académico sobre Proyecto de Vida está anclado en principios del mercado neoliberal, priorizando la formación de individuos económicamente productivos, pero políticamente sumisos y dóciles. De esta manera, pretendemos discutir el papel que juega la racionalidad pedagógica empresarial en la dirección de las formas de autogobierno. Como forma de dirección analítica, la crítica de Foucault surge como un marco teórico capaz de presentar los límites de los dispositivos neoliberales que sitúan a la Educación en las pautas de la productividad y la eficacia
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