A MÚSICA SERTANEJA COMO REFLEXO DE TRANSFORMAÇÕES DOS LUGARES DE ESCUTA

Autores

  • Luciana Carolina Fernandes Faria Unoeste
  • João Pedro Turino Silva

Palavras-chave:

Lugar de escuta, Música Sertaneja Brasileira, Êxodo Rural, Geografia Cultural, Geografia Humanista

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar e comparar músicas sertanejas brasileiras, de diferentes décadas, a fim de identificar quais os elementos se conservaram, quais se alteraram com o tempo e as possíveis associações entre estas transformações e o aumento da população urbana. Para isso, foram selecionadas duas músicas sertanejas, uma de 1926 e outra de 2028, a fim de identificar os quais os elementos musicais se transformaram e quais foram conservados com o tempo e sob a influência do processo do êxodo rural. Por pesquisa bibliográfica constatamos que nosso país passou por uma urbanização significativa, principalmente a partir da década de 60 e este fato, agravado pela influência da indústria cultural, causou mudanças de hábitos, ações e, consequentemente provocou alterações nos lugares de escuta das pessoas; as escutas que se faziam e se produziam no ambiente rural se diferem em muitos das escutas que se faz e se produz nos ambientes urbanos hoje. Tais mudanças implicam diretamente na forma de expressão e na produção artística das pessoas. Por pesquisa analítica dos elementos narrativos e musicais essa transformação dos lugares de escuta fica evidente, e demonstra a cultura, as práticas e conceitos de dois contextos sertanejos (rural e urbano) muito diversos. Os lugares de escuta são produzidos pelos seres viventes e, em reciprocidade, também os produz enquanto seres; desta forma, se torna um objeto de investigação importante para a compreensão da sociedade hoje.

 

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Publicado

2020-04-29

Edição

Seção

Dossiê: O desenvolvimento das sociedades a partir das práticas culturais

Como Citar

A MÚSICA SERTANEJA COMO REFLEXO DE TRANSFORMAÇÕES DOS LUGARES DE ESCUTA. (2020). Colloquium Socialis. ISSN: 2526-7035, 4(1), 1-8. https://journal.unoeste.br/index.php/cs/article/view/3455

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