DOENÇAS CRÔNICAS E HÁBITOS DE VIDA NUMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO INTERIOR PAULISTA
Palavras-chave:
Adultos, Exercício físico, Estratégia Saúde da Família, Comportamento sedentário, Doenças não TransmissíveisResumo
É necessário que a atenção básica à saúde reconheça as primordialidades da população dentro de sua área geográfica. O objetivo foi identificar o número de casos de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e relacionar com hábitos de vida de pessoas atendidas pela Estratégia Saúde da Família. Para o levantamento, as DCNT foram computadas a partir dos prontuários arquivados, tendo sido coletados os dados de 155 voluntários. Observamos que grupos de meia-idade e idosos apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica (p=0,004). A obesidade foi presente em 48% da amostra. Idosos apresentaram a maior prevalência de Diabetes Mellitus (p=0,002). Voluntários com Diabetes Mellitus apresentaram menor frequência de prática de atividades físicas (p=0,018) e no geral (p=0,047) comparado com aqueles que não tinham a doença. Concluímos que as DCNT apresentam relação com os hábitos de vida e faixa etária, características que contribuem para a carga de doenças. Contudo, a transição para um estilo de vida saudável é viável.
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