DORMANCY IN NATIVE FRUIT SEEDS OF THE BRAZILIAN SOUTH REGION

Autores

  • Kelli Pirola UTFPR
  • Américo Wagner Junior UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Marcelo Dotto UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ
  • Darcieli Aparecida Cassol UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Jean Carlo Possenti UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Idemir Citadin UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Palavras-chave:

Myrtaceae, fotoperíodo, propagação sexuada

Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar se sementes de seis frutíferas nativas da região Sul do Brasil apresentavam algum tipo de dormência, bem como verificar a existência ou não de fotoblastismo nas mesmas. O trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. A influência de fatores de fotoperíodo e técnicas para a superação da dormência foram testados na germinação de Eugenia uniflora L. (pitangueira), Plinia trunciflora (jabuticabeira), Plinia cauliflora (jabuticabeira híbrida), Eugenia involucrata DC. (Cerejeira do Rio Grande), Myrcianthes pungens (guabijúzeiro) e Campomanesia guazumifolia (sete capoteiro). Os tratamentos foram as interações desses dois níveis de fatores. As sementes foram expostas em condição de escuridão total ou fotoperíodo de 24 horas. Também foram submetidas técnicas de imersão em solução de ácido giberélico (200 mg L-1); estratificação a 5ºC por 30 dias; imersão em água em temperatura ambiente por 24 horas; imersão em água quente (80 ºC) por cinco minutos; imersão em solução de ácido sulfúrico (96%) por cinco minutos; e escarificação física manual com lixa 120. As sementes também foram testadas sem o uso de nenhuma técnica, constituindo o tratamento testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 7 (luminosidade x tratamento para quebra de dormência), com quatro repetições de 100 sementes. Após 60 dias, foram analisados ​​a germinação (%), a porcentagem de germinação acumulada, o índice de velocidade de germinação e o tempo médio de germinação. As sementes da maioria das espécies nativas estudadas não apresentam dormência ou efeito de fotoblastismo, exceto “sete capoteiro” que supostamente apresentam dormência morfofisiológica, com fotoblastismo negativo. O uso de água quente ou ácido sulfúrico nas sementes de árvores frutíferas nativas não é recomendado.

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Publicado

2021-05-25

Como Citar

DORMANCY IN NATIVE FRUIT SEEDS OF THE BRAZILIAN SOUTH REGION. (2021). Colloquium Agrariae. ISSN: 1809-8215, 17(3), 21-32. https://journal.unoeste.br/index.php/ca/article/view/4012

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