DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES ESCORPIÔNICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ENTRE 2015 E 2020 NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP
Palavras-chave:
acidente escorpiônico, política pública, estimador de densidade kernelResumo
Acidentes escorpiônicos apresentam morbimortalidade elevada em crianças menores de 5 anos, agravo que tem aumentado em Presidente Prudente nas duas últimas décadas. O trabalho objetivou analisar a distribuição espacial do escorpionismo em Presidente Prudente e construir hipóteses de correlação entre o padrão encontrado e variáveis socioeconômicas e ambientais. Trata-se de estudo ecológico realizado mediante análise do prontuário de crianças e adolescentes com até 18 anos, atendidos no Hospital Regional entre 2015 e 2020, e vítimas de acidentes escorpiônicos. Para elaboração de mapas foram obtidas coordenadas geográficas dos endereços onde ocorreram acidentes. Para avaliar os mapas e determinar o padrão de distribuição espacial foram empregadas ferramentas de análise estatística. A distribuição espacial configurou-se num padrão aglomerado e não aleatório, com três focos de maior incidência no perímetro urbano do município. A identificação dos focos permite a implementação de ações preventivas especificas e localizadas, possibilitando maior efetividade no emprego de recursos públicos.
Downloads
Referências
Chippaux JP, Goyffon M. Epidemiology of scorpionism: a global appraisal. Acta Tropica. 2008;107(2):71-79. DOI: https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2008.05.021.
Reckziegel GC. Análise do escorpionismo no Brasil no período de 2000 a 2010. 2013. [dissertação]. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, da Universidade de Brasília, 2013.
Barbosa AD, Silva JA, Cardoso MF, Meneses JN, Cunha MC, Haddad JP et al. Distribuição espacial de acidentes escorpiônicos em Belo Horizonte, Minas Gerais, 2005 a 2009. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 2014;66(3):721-730. DOI: https://doi.org/10.1590/16784162-7116.
Silva JFA. Distribuição geográfica dos escorpiões no município de Presidente Prudente – SP nos anos de 2012 e 2013. [trabalho de conclusão de curso]. Presidente Prudente: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2015.
Brazil TK, Lira da Silva RM, Porto TJ, Amorim AM, Silva TF. Escorpiões de importância médica no estado da Bahia, Brasil. Gazeta Médica da Bahia. 2009;79(1):38-42. Disponível em: http://www.gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/view/994.
Guerra CM, Carvalho LF, Colosimo EA, Freire HB. Análise de variáveis relacionadas à evolução letal do escorpionismo em crianças e adolescentes no estado de Minas Gerais no período de 2001 a 2005. J. Pediatr. (Rio J.). 2008;84(6):509-515. DOI: https://doi.org/10.1590/S0021-75572008000700007.
Nascimento DV. Proliferação escorpiônica na área urbana no município de Guajará-Mirim/RO. [trabalho de conclusão de curso]. Guajará-Mirim: Universidade Federal de Rondônia, 2018.
Pardal PP, Castro LC, Jennings E, Pardal JS, Monteiro MR. Aspectos epidemiológicos e clínicos do escorpionismo na região de Santarém, Estado do Pará, Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2003;36(3):349-353. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86822003000300006.
Burns DA, Campos Júnior D, Silva LR, Borges WG. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. Barueri-SP: Manole; 2017.
Petricevich VL. Cytokine and nitric oxide production following severe envenomation. Current Drug Targets - Inflammation & Allergy. 2004;3(3):325-332. DOI: https://doi.org/10.2174/1568010043343642.
Kassiri H, Kassiri E, Veys-Behbahani R, Kassiri A. Epidemiological survey on scorpionism in Gotvand County, Southwestern Iran: an analysis of 1067 patients. Journal of Acute Disease. 2014;3(4):314-319. DOI: https://doi.org/10.1016/S2221-6189(14)60067-6.
Almeida TSO. Acidentes escorpiônicos e tentativas de suicídio: avaliação através da análise espacial. [dissertação]. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba, 2015.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de controle de escorpiões. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_escorpioes.pdf.
Horta FM, Caldeira AP, Sares JA. Escorpionismo em crianças e adolescentes: aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes hospitalizados. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2007;40(3):351-353. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86822007000300022.
Farias AMG. Análise espacial na estratificação de áreas notificadas por casos de escorpionismo: um estudo dependente das condições sócioeconômicas. [trabalho de conclusão de curso]. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba, 2014.
IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010 – Brasil. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=6.
Lu Y. Detection and Analysis of Spatial Clustering. In: Kitchin R, Thrift N (Org.). International Encyclopedia of Human Geography. Elsevier, 2009. p. 317-324. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-008044910-4.00523-X.
Kiskowski MA, Hancock JF, Kenworthy AK. On the use of Ripley’s K-function and its derivatives to analyze domain size. Biophysical Journal. 2009;97(4):1095-1103. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bpj.2009.05.039.
Birant D, Kut A. ST-DBSCAN: An algorithm for clustering spatial–temporal data. Data & Knowledge Engineering. 2007;60(1):208-221. DOI: https://doi.org/10.1016/j.datak.2006.01.013.
Brazil TK, Porto TJ. Os escorpiões. Salvador: EDUFBA, 2010.
Lisboa NS, Boere V, Neves FM. Escorpionismo no Extremo Sul da Bahia, 2010-2017: perfil dos casos e fatores associados à gravidade. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2020;29(2). DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200005
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos submetidos à revista Colloquium Vitae estão licenciados conforme CC BY-NC-ND. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/.
A disponibilização é gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.