INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE VINHAÇA NAS PROPRIEDADES DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS NO ESTADO FRESCO

Autores

  • Victor Nehring Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Rayssa Silva Menezes Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Lucas Henrique Pereira Silva Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Jacqueline Roberta Tamashiro Berguerand Xavier Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Fabio Friol Guedes de Paiva Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Angela Mitie Otta Kinoshita Universidade do Oeste Paulista

Palavras-chave:

tempo de pega, vinhaça, calorimetria

Resumo

Na utilização do Cimento Portland em grandes volumes de concreto, tensões de tração e compressão são introduzidas no sistema que podem apresentar patologias como microfissuras relacionadas a variações bruscas de volume e temperatura. Estudos tratam do uso da sacarose como aditivo retardador da hidratação do cimento e apresentam bons resultados. Neste sentido a vinhaça é uma fonte de sacarose ainda pouco explorada. A vinhaça é um subproduto da indústria sucroalcooleira, produzida em grandes volumes, tornando-a bastante atrativa nessa aplicação. Este estudo buscou analisar a influência da vinhaça na hidratação de pastas de cimento. Para isso a vinhaça foi caracterizada em relação ao teor de açúcares redutores totais (ART) e açúcares solúveis totais (AST) pelo método Fehling e utilizada em substituição a água nas quantidades de 25%, 50% e 100%. As pastas produzidas foram analisadas a partir da consistência, tempo de pega e variação de temperatura na hidratação. Os resultados apontam que a menor quantidade de substituição (25%) acarreta aumento nos tempos iniciais e finais de pega enquanto quantidades maiores não causaram os mesmos benefícios. O teste de calorimetria confirmou os resultados obtidos pelo ensaio do tempo de pega mostrando menor variação de temperatura da pasta com 25% de substituição da água pela vinhaça.

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Referências

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Publicado

2020-12-03

Como Citar

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE VINHAÇA NAS PROPRIEDADES DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS NO ESTADO FRESCO. (2020). Colloquium Exactarum. ISSN: 2178-8332, 12(2), 38-44. https://journal.unoeste.br/index.php/ce/article/view/3813

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