AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE FORMALDEÍDO EM PRODUTOS CAPILARES

Autores

  • Francielly da Silva Morais Ferreira Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Maíra Rodrigues Uliana Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
  • Daniel Ângelo Macena Universidade Virtual do Estado de São Paulo-UNIVESP
  • Vinicius Marques Gomes Unoeste

Palavras-chave:

Espectrometria; Saúde; Formaldeído

Resumo

O Formaldeído é usado em algumas formulações de produtos cosméticos, mas segundo a ANVISA, somente pode ser utilizado como agente conservante com limite máximo de 0,2 % e como endurecedor de unha com limite de 5%. Apesar da ANVISA determinar o limite máximo permitido de formaldeído, algumas marcas de produtos fazem o mascaramento do odor característico do formaldeído. O presente estudo analisou três marcas de alisantes e tinturas capilares através do método de espectrofotometria. Onde evidenciou a presença de formaldeído em todas as amostras, resultando dessa maneira em valores que variam de 1,6% a 7% de concentração acima do permitido pela ANVISA (2013). Os fios de cabelo possui um pH que varia de 4,5 a 5,5. As amostras A5 e A6 foram compatíveis com as características fisiológicas do cabelo não agredindo a estrutura interna do fio, enquanto as amostras A1, A2, A3, A4, B1,B2, B3, B4,B6 e B7 estavam com o pH fora da faixa o que pode causar danificação da estrutura do fio de cabelo. Nenhuma das amostras analisadas foi possível sentir o odor do formaldeído. Dessa maneira existe uma necessidade de um maior acompanhamento e vigilância a cerca dos produtos cosméticos, principalmente as tintas capilares que resultaram em concentrações elevadíssimas de formaldeído que possui uma alta toxicidade e causas sintomas prejudicais de imediato ou em longo prazo a saúde humana.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Vinicius Marques Gomes, Unoeste

    Areá-Química. Atua nas áreas de Química Analítica e Química Ambiental nos seguintes temas: solos, águas, sedimentos, metais potencialmente tóxicos e substâncias húmicas.

Referências

ABRAHAM, L. S.et al. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica (parte 2). Medicina Educacional, Rio de Janeiro, v.1, n.4, nov.,2009.

ANDERSEN, I.; PROCTOR, D. F. The rate and effects of inhaled materials. In: Andersen I, editor. The nose, upper airway physiolgy and the atmospheric environment. Amsterdam: Elsevier Biomedical; 1982.p.423-7.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 211 de 14 de julho de 2005. Estabelece a definição e a classificação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, conforme Anexo I e II desta Resolução. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jul 2005.

BALOGH, T. S.et al. Escova progressiva, abordagem crítica do uso de formaldeído em procedimentos de alisamento. Instituto de
Pesquisa e tratamento do cabelo e da pele, São Paulo, 2009.

BEDIN, V. Vitaminas e Produtos capilares. Cosmetics & Toiletries: Tecnopress Editora. São Paulo, v.18, n.4, p.50, nov./dez. 2006.

BEINADES, A. Tintes Capilares. Evolucion histórica y situación actual. OFFMAM, v.26, n.10,p. 68-72, nov. 2007.
BOLDUC, C.; SHAPIRO, J. Hair care products: waving, straightening, conditioning and coloring. Clinics in Dermatology. v.19, n.4, p.431-436,2001.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de controle de qualidade de produtos cosméticos: Uma abordagem sobre ensaios físicos e químicos.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 332 de 01 de Dezembro de 2005. Dispõe sobre a implementação de um sistema de cosmetovigilância, a partir de 31 de dezembro de 2005 em todas as empresas fabricantes e/ou importadoras de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, instaladas no território nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 02 dez 2005.

BELOTO, A.; BERTOLINI, GMS. Estudo da capacidade funcional ventilatória dos profissionais cabelereiros da cidade de Maringá, estado do Paraná, ano de 2005. Acta Scient Health Sci 2008; 28 (2). Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/view/1067/546>. Acesso em: 06 ago. 2019.

BREMER, F.M., HEPP, T. In book: Tratado de cirurgia dermatológica, cosmiatria e laser. ed.1. Paraná: Elsevier, 2012.

CALLAND, Rosa Maria. Alopecia. In: BORELLI, Shirlei. Cosmiatria em dermatologia: usos e aplicações. São Paulo: Roca, 2007.

COELHO, M.C. Determinação do ácido fórmico em urina de trabalhadores de uma fábrica produtora de formaldeído. 2009. 142 f. Monografia - Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Cidade do Porto, 2009.

ESTADOS UNIDOS. US Food and Drug Administration, 1997. Centerfor Food Safety and Applied Nutrition. Hair dye products.

FONSECA, M. R. M. Completamente química: Química Geral. 1. ed. São Paulo: FTD, 2001.

FRANQUILINO, E. Cabelos através dos tempos. Revista de Negócios da Indústria da Beleza: edição temática produtos para cabelos, São Paulo, v.4, n.11, p.6-16, ago. 2009.

GASPARINI, F. et al. A simple and green analytical method for the detemination of formaldehyde. J. Braz Chem. Soc., Araraquara, v.19, n.8, p.1531- 1537, 2008.

GOMES, A.L. O uso da Tecnologia Cosmética no trabalho do Profissional Cabeleireiro. São Paulo: SENAC, 1999.

GOMES, R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 4. ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista , 2013.

HALAL, J. O Crescimento e a estrutura do cabelo. Tricologia e a Química Cosmética Capilar: tradução da quinta edição norte-americana. São Paulo: Cegage Learning, 2012.

HEIMLICH, J.E. Formaldehyde. The Invisible Environment Fact. Sheet Series, The Ohio State University, CDFS-198-08, 2008.

HEIMLICH, J. E. 2008. Formaldeído; O fato do ambiente invisível, Série da folha, a universidade de estado de Ohio, CDFS-198-08.

KIRKLAND, D. J. et al. Testing strategies in mutagenicity and genetic toxicology: An appraisal of the guidelines of the European Scientific Committee for Cosmetics and Non-Food Products for the evaluation of hair dyes. Genetic Toxicology and Environmental Mutagenesis. v. 588, p. 88–105, 2005.

KÖHLER, R. D. A quimica estetica capilar como temática no ensino de química e na capacitação dos profissionais de beleza: estudo de caso. 2011. 44 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Ciências) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011.

LADEIRA, C. A. F. Biomarcadores genotóxicos e polimorfismos genéticos em trabalhadores expostos a formaldeído: estudo de caso. 2009. 50 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Molecular Humana) - Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2009.

LITEPLO, R. G.; BEAUCHAM, R.; MEEK, M. E. Report by International Programme on Chemical Safety IPCS. Canadian Centre for Occupational Health and Safety (CCOHS), 2002.

LORENZINI S. Efeitos adversos da exposição ao formaldeído em cabeleireiros. 2012. 77 f. Tese (Doutorado)- Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2012.

MACAGNAN, K; SARTORI, M. R. K; CASTRO, F. G. Sinais e sintomas da toxicidade do formaldeído em usuários de produtos alisantes capilares. Caderno da Escola de Saúde, Curitiba, v.1, n.4, ago/dez., 2010.

MANSUR, C.; GAMONAL, A. Cabelo normal. In: KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004.

NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health. Manual of Analytical Methods (NMAN): method 3500 (2)-formaldehyde, 4.ed. US Department Health, Education and Welfare, 1994

NOHYNEK, G. J.et al. Toxicity and human health risk of hair dyes. Food and Chemical Toxicology. Amsterdã. v.42. p.517-543, 2004.

NORBACK, D. et al. Asthmatic symptoms and volatile organic compunds, formaldehyde, and carbon dioxide in dwellings. Occup Environ Med. v.52, n.6, jun., 1995. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7627316#>. Acesso em: 06 ago. 2019.

OLIVEIRA, V. G. Cabelos: uma Contextualização no Ensino de Química. Unicamp, São Paulo,2013.

OLIVEIRA, R. A. G. et, al. A química e toxidades dos corantes de cabelo. Quimica Nova, v.37, n.6, mai., 2014.

PERREIRA, J. M. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2001.

PINHEIRO, A. O formol no processo de alisamento dos cabelos. Cosmetics & Toiletries: Port Editora. São Paulo, v.16, p.40, 2004.

PINHEIRO, A. - KOSMOCIENCE – A arte de colorir os cabelos. Centro de Pesquisa e desenvolvimento.

REIS, M. Completamente Química: Química Orgânica. 1. ed. São Paulo: FDT, 2001.

TOUTIANOUSH, A.; SCHNEPF, J.; ELHASHANI, A.; TIEKE, B. Selective Ion trasport and complexation in layer-by-layer Assemblies of p-Sulfonato- caixa[n]arenes and Cationic Polyelectrolytes Adv Functn Mater. 2015; 15 (4): 700-8.

WEKEFIELD, J. C. Formaldehyde general information. Report by Health Protection Agency. CHAPD HQ, HPA, v.1, 2008.

Downloads

Publicado

2019-10-29

Como Citar

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE FORMALDEÍDO EM PRODUTOS CAPILARES. (2019). Colloquium Exactarum. ISSN: 2178-8332, 11(3), 43-53. https://journal.unoeste.br/index.php/ce/article/view/3259

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.